Minamata

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MINAMATA

COMO ESQUECER 1200 MORTES?

 

Em 1932 na Baía de Minamata (Japão) indústrias descarregaram toneladas de mercúrio gerado como subproduto na fabricação do acetaldeído, que, através da correnteza chegaram ao mar contaminado peixes e frutos do mar.

A população, alimentado-se destes peixes, começou a apresentar sintomas de intoxicação, dentre elas: dormência nas extremidades dos membros, perda da audição e da fala, deficiência visual e distúrbios nervosos. Com o acúmulo de mercúrio no organismo com o decorrer do tempo, as conseqüências deste veneno eram cada vez mais graves, como a paralisia muscular e degeneração cerebral e, em muitos casos, a morte. Mães contaminadas pelo consumo de peixes, davam à luz crianças defeituosas.

 

Minamata

Interferentes Hormonais: mães que são expostas pelo consumo de peixes contaminados com mercúrio, dão à luz crianças defeituosas.

 

Após 36 anos passados do início da contaminação, o governo japonês reconheceu oficialmente que o mercúrio era o responsável pelo envenenamento.

Esta catástrofe, conhecida como o Mal de Minamata, levou o governo do Japão, em 1973, a proibir o consumo de peixes provenientes de Minamata, e a investir milhões de dólares em pesquisas sobre como descontaminar as áreas afetadas e sobre os efeitos do envenenamento.

Tragédias como esta, apesar de acontecerem em menor escala, ainda ocorrem nos dias atuais, devido aos métodos de extração de ouro com uso de mercúrio sem orientação aos garimpeiros, e à má disposição de resíduos industriais que contêm este metal.